Pastoral
(Domingo, 13 de dezembro de 2009)
O Cachorro Comeu
O escocês Robert Moffat (1795-1883) foi missionário congregacional na África do Sul. Um dia, um africano veio correndo à sua casa com uma preocupação simplesmente original. Disse estar preocupado porque o cachorro tinha comido uma folha da sua Bíblia. O missionário tentou tranquilizar o homem: "Não se preocupe, amigo; eu posso lhe conseguir uma outra Bíblia". E o homem respondeu: "O senhor não está entendendo; já que o cachorro comeu uma folha da Bíblia, ele não será mais um bom cachorro. Ele será um cachorro amável, gentil, e eu preciso de um cachorro normal, que possa latir contra os estranhos e defender a minha casa".
O africano pensava que era o objeto Bíblia que tinha poderes mágicos. Mais de um século depois, muitos de nossos contemporâneos pensam a mesma coisa. Acham que é suficiente que a Bíblia esteja aberta em casa sobre um móvel. Pensam que por ter capa preta ela possua recursos sobrenaturais em suas folhas. Não é assim. A Bíblia é a Palavra de Deus, não como objeto, mas como registro da revelação de Deus aos homens. Precisamos estudá-la, meditar nela, e, o que é mais importante, praticá-la.
Se a examinarmos, como fizeram os bereanos (At 17.10-11), constataremos que a Bíblia anuncia que somos novas criaturas (2Co 5.17). Antes estávamos "mortos... em delitos e pecados" (Ef 2.1). Agora, não. Tudo se fez novo.
Veremos ainda que o Livro de Deus anuncia que somos filhos de Deus. Ela não deixa dúvida: "Amados, agora somos filhos de Deus" (1Jo 3.2a). Quer dizer: Antes não éramos filhos de Deus. Agora, sim, somos "membros da família de Deus" (Ef. 2.19).
Não idolatre a Bíblia; adore o Deus que ela revela, o Deus vivo e verdadeiro, que "amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3.16).
Neste domingo, Dia da Bíblia, decida-se a dedicar mais tempo para alimentar-se do maná que emana do Livro de Deus!
jsfonseca@pibrj.org.br
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