Pastoral
(Domingo,
Caçando Significado
O vôo transcorria monótono. O passageiro virou-se para a pessoa ao seu lado e resolveu puxar conversa. Para sua surpresa, o outro também gostava de conversar. "Onde você mora?" "Tem família?" E outras perguntas do gênero. O outro a tudo respondia. E então, o primeiro voltou a perguntar: "O que você faz na vida?" A resposta: "Sou conselheiro; meu trabalho é dar conselhos". "Conselho? Mas que tipo de conselho você dá?" "Conselho, digamos, religioso; eu ajudo as pessoas a viver em paz consigo e com Deus". Inexplicavelmente, o perguntador se calou. Então foi a vez do conselheiro indagar: "O que houve? Eu disse alguma coisa que não devia ter dito?" Reprimindo a emoção, o outro então confessou: "Não... não sei explicar. Hoje pela manhã, ao sair de casa, eu estava tão desesperado, que olhei pra cima e disse: "Olhe, se você existe, se você está aí, manifeste-se hoje, mas tem que ser hoje, porque se isso não acontecer, eu vou me matar, já que não agüento mais esta vida. E aqui está você. Então... é verdade". O conselheiro cristão passou o resto da viagem mostrando ao outro como é salutar viver para a glória de Deus.
A incredulidade é a mãe do pessimismo. Ela rouba ao homem a percepção de que a vida é um dom maravilhoso. Como nas palavras do filósofo Albert Camus, tido como o pai do Absurdismo: "A vida é uma piada sem graça".
A mesma vida serviu a um jovem intelectual judeu vienense chamado Viktor Frankl (1905-1997) um prato intragável chamado "campo de concentração". Mas Frankl identificou "um tirano ainda mais pérfido que Hitler: o sentimento de viver uma futilidade absurda". O homem tem "sede de sentido". Ele é um caçador de significado; ele vive procurando um propósito para a existência. Frankl dizia: "O homem pode suportar tudo, menos a falta de sentido".
Jesus veio ao mundo para conferir sentido às nossas vidas. Ignorá-lo? Não faz sentido.
Pastor João Soares da Fonseca
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