12 Fevereiro
Pastoral (Domingo,
Para que Tanto Evangélico?
Almir Gonçalves (1893-1981) foi um dos mais importantes líderes dos primórdios do trabalho batista no Brasil. Capixaba, começou cedo a trabalhar na Obra. Aos 18 anos, já colaborava com Loren Reno, o grande missionário no Estado do Espírito Santo. Almir foi pastor da PIB de Vitória e depois, em 1946, veio para o Rio dirigir O Jornal Batista, o que fez até 1964. Seu legado entre nós é imenso, quer pela pena prolífica (livros, artigos, etc.), quer pela bênção que seus descendentes são ainda hoje na Causa. O fotógrafo Linhares dizia: "Quem conheceu Almir Gonçalves conheceu um santo". Uma das melhores histórias que ouvi sobre o pastor Almir, me foi narrada por um membro da Igreja de Cascadura, chamado Bernardino Amaral, hoje no Céu.
Em 1954, Bernardino Amaral era membro da Igreja Batista da Piedade, cujo pastor se chamava Almir Gonçalves.
Seu Amaral foi ao Centro do Rio comprar um rádio. Na loja, gostou de um modelo. O preço, porém, superava as suas economias. O vendedor ofereceu crediário desde que o freguês apresentasse fiador. Seu Amaral não tinha fiador. Conversaram, negociaram, e nada! Desanimado, o vendedor chamou o proprietário e lhe transferiu o problema. Começa tudo de novo: perguntas, respostas, fiador, nada! Nas entrelinhas da conversa, o proprietário percebeu que Seu Amaral parecia ser crente. E perguntou para confirmar:
- O senhor, por acaso, é crente?
- Sou sim, senhor. Sou membro da Igreja Batista da Piedade.
Pronto! O proprietário abriu um largo sorriso: - Então o senhor é da igreja do pastor Almir Gonçalves? Por que não disse logo? O senhor pode levar não somente o rádio, mas a loja inteira se desejar...
Houve tempo em que dizer-se evangélico no Brasil significava alto padrão de ética. Precisamos recuperar isso com urgência. Será que vale a pena ter tanta gente se chamando evangélica e vivendo uma vida tão desacreditada?
Pastor João Soares da Fonseca
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