(Domingo,
Não há Deus Maior
Todos os dias, no nascer do sol e ao entardecer, os judeus ortodoxos recitam o Shema, a oração de Deuteronômio 6:4 ("Ouve [Shema], ó Israel; o Senhor nosso Deus é o único Senhor"). Este verso, claro e sucinto, é o texto áureo do monoteísmo bíblico.
O fato de Deus ser único nos parece óbvio hoje. Mas não foi sempre assim. Quando Abraão saiu de Ur, terra de seus pais, deixou para trás um deprimente cenário de deuses e ídolos. Quando chegou a Harã (Síria, hoje), encontrou ambiente parecido. Os nomes dos deuses eram outros, mas o politeísmo era o mesmo. Dali, Abraão foi para Canaã; os cananeus eram ainda piores. Mais tarde, seus netos e bisnetos foram habitar no Egito, e o que viram? Ídolos, templos e deuses. Então o monoteísmo hebraico não foi produto do meio, nem um gradual refinamento cultural, nem mesmo de um avivamento espiritual da parte deles. Foi pura revelação. Deus quis revelar-se aos homens.
Se você duvida de que Deus é único, então vá à praia do Mar Vermelho, do outro lado do Egito, e veja o que os israelitas viram: "Israel viu os egípcios mortos na praia do mar" (Êx 14.30).
Ou vá a Asdode, cidade dos filisteus, para onde foi levada a arca do Senhor, símbolo de sua presença entre os homens. Aí, a arca foi posta aos pés de Dagom, deus dos filisteus. Mas sabe o que aconteceu de madrugada? "Dagom estava caído com o rosto em terra diante da arca do Senhor; e a cabeça de Dagom e ambas as suas mãos estavam cortadas" (1Sm 5.4). Era o Deus único humilhando o não-deus.
Se ainda duvida, com Elias suba o Carmelo. Elias combinou com os profetas de Baal: "o deus que responder por meio de fogo, esse será Deus" (1Re 18.24). Eles oraram; nada aconteceu. Depois, Elias orou; um clarão explodiu no céu. O fogo desceu e queimou até a lenha encharcada de água. Se está convencido, junte-se ao povo e cante: "O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!" (1Re 18.39).
Pastor João Soares da Fonseca
Primeira Igreja Batista do Rio de Janeiro
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